O dólar virou e opera em queda. O driver continua sendo a expectativa para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), além de outros bancos centrais que também se reúnem nesta semana. No momento, contudo, o fluxo estrangeiro favorece o real e outras emergentes ligadas às commodities.
Para o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o fluxo de entrada ainda é bom, mas ainda não dá para afirmar que a tendência do dólar seja de queda. O real está em linha com seus pares”.
Nagem acredita que a crise energética na Europa e a inflação naquele continente – que deve ser ainda mais persistente que nos Estados Unidos -, além da reunião do próprio Comitê de Política Monetária (Copom) que ocorre entre a terça e quarta desta semana, contribuem para uma atmosfera de maior aversão ao risco.
De acordo com a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, “a expectativa sobre o futuro dos juros deve continuar calibrando o comportamento dos mercados. O sentimento deve ser de cautela”.
Quartaroli entende que caso os Estados Unidos subam os juros acima de 0,75 ponto percentual (pp), que ainda é a aposta majoritária do mercado, o câmbio deve ficar ainda mais pressionado. O Fed se reúne na próxima quarta-feira.
Por volta das 12h08 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,96%, cotado a R$ 5,2090 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2022 recuava 0,90%, cotado a R$ 5.224,50.
Paulo Holland / Agência CMA
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