Durante discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que irá pressionar a Arábia Saudita e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir o custo do petróleo.
Segundo ele, preços mais baixos da commodity poderiam acelerar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, além de aliviar a inflação nos EUA. “Se os preços do petróleo caírem, a guerra da Rússia contra a Ucrânia acabará rapidamente”, disse Trump, destacando que sua equipe está focada em reduzir os preços de energia e as taxas de juros no país.
Desde o início do discurso de Trump, o preço do petróleo ampliou a queda de 0,3% para mais de 1%. O Petróleo WTI para março fechou em queda de 1,09%, a US$ 74,62 por barril, na Nymex. O Brent para abril acompanhou a queda, caindo 0,76%, a US$ 77,56 por barril, na ICE.
Implicações para o mercado de petróleo
Analistas da Capital Economics acreditam que o pedido de Trump pode aumentar a pressão sobre a Opep, mas não garante que a Arábia Saudita concordará em expandir a produção.
Nos últimos anos, o país tem se distanciado da influência dos EUA, embora as relações com o príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman tenham apresentado sinais de aquecimento.
Segundo a consultoria, o apelo de Trump pode ser a oportunidade que a Arábia Saudita precisa para ampliar sua produção e recuperar participação de mercado. No entanto, a Capital Economics alerta que preços mais baixos do petróleo podem desestimular a produção em áreas de alto custo, como o Alasca, e dificultar a recuperação de produtores americanos.
Outros destaques do discurso de Trump em Davos
Trump também sinalizou que transformará os EUA na capital mundial da criptomoeda e reforçou incentivos fiscais para atrair empresas a produzirem no país. Ele criticou a burocracia na Europa e comentou sobre processos contra empresas de tecnologia americanas, mas não trouxe grandes surpresas em relação a políticas econômicas.
Segundo o presidente norte-americano, o decreto de emergência energética permitirá dobrar oferta de energia nos EUA, para serem competitivos em IA. “Vamos usar carvão “limpo” para produzir energia; temos mais carvão, petróleo e gás do que qualquer outro país”, disse ele.“