As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam pressionadas reflexo imediato da alta de 0,1% do índice de preços ao consumidor em agosto, nos Estados Unidos, acima das projeções do mercado de -0,1%. Os resultados ligam o alerta para um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais hawkish (duro, propenso ao aumento dos juros) com o objetivo de controlar a inflação.
Os dados de inflação dos EUA reforçam a expectativa para uma alta de 75 bps na reunião do FED da semana que vem, explica Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. O resultado praticamente tira qualquer tipo de dúvida sobre desacelerar o ritmo de juros por lá e, inclusive, cria uma dúvida para a reunião de novembro, afirma o economista.
Segundo ele, a inflação americana mostra que os itens mais voláteis desaceleraram, como alimentação e energia, mas o núcleo do CPI, que exclui itens amis voláteis, subiu 0,6% na comparação mensal e 6,3% na anual. Isso é preocupante: aponta que o Mercado terá que colocar expectativas de juros em um patamar mais alto, finaliza Cruz.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,740% de 13,740% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,725%, de 11,725% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,320% de 11,320%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1910 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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