As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta. O clima de menor aversão global ao risco foi potencializado pela expectativa com a divulgação da inflação nos Estados Unidos, que ocorre amanhã.
Para o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o DI continua em uma curvatura de um pequeno aumento na Selic (taxa básica de juros), mas está dentro do normal. É uma leve realização”.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “como o mercado está sem um driver específico, está fazendo ajustes, em meio ao maior apetite ao risco lá fora”.
“A agenda está esvaziada, mas a inflação nos Estados Unidos pode impactar na condução da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)”, analisa Rostagno.
“A indefinição sobre os juros dos Estados Unidos faz com que os juros sigam incertos”, define Nagem. O executivo acredita que existe a chance que o Fed aumente os juros em 0,5 ponto percentual (pp) na reunião da próxima semana.
Nagem entende que caso as projeções de menor pressão inflacionária se confirmem nos Estados Unidos, a tendência é que o impacto inflacionário no Brasil tenha ainda mais espaço para recuar.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,740% de 13,725% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,725%, de 11,935% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,320% de 11,295%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,0940 para venda.
Paulo Holland / Agência CMA
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