Após quatro adiamentos, a Americanas finalmente divulgou seu balanço de 2022, revelando um prejuízo líquido de R$ 12,912 bilhões, um aumento significativo em relação aos R$ 6,237 bilhões registrados em 2021. O endividamento do grupo também chamou a atenção, alcançando a marca de R$ 26,287 bilhões, representando um salto de 85% em apenas um ano.
Impacto nos investidores
O resultado revisado aponta para uma perda acumulada de R$ 447 milhões até setembro de 2022, representando um crescimento seis vezes maior em comparação ao mesmo período de 2021. Investidores devem ficar atentos ao aumento expressivo do endividamento, que passou de R$ 5,3 bilhões em setembro de 2022 para R$ 26,287 bilhões ao longo de 2022.
Análise financeira detalhada
O Ebitda recorrente negativo em R$ 2,927 bilhões em 2022 indica dificuldades operacionais, enquanto o caixa da companhia encerrou o ano em R$ 6 bilhões. O capital de giro, por sua vez, apresentou uma piora de R$ 1,2 bilhão, totalizando R$ 2,5 bilhões. A receita líquida atingiu R$ 25,809 bilhões, um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior.
Endividamento de curto prazo e despesa financeira em destaque
O comunicado da Americanas destaca um endividamento de curto prazo de R$ 37 bilhões, o que amplia a preocupação, além de uma despesa financeira de R$ 5,2 bilhões. É fundamental que os investidores compreendam esses termos para avaliar o cenário atual da empresa.
Perspectivas e desdobramentos para investidores
Diante desse cenário desafiador, a prioridade da Americanas agora é buscar um acordo com credores para reestruturar suas finanças. O balanço de 2022 fornece insights cruciais para os credores avaliarem a viabilidade operacional da empresa, com destaque para as aplicações do endividamento e os níveis de alavancagem. Investidores devem monitorar atentamente as negociações e decisões futuras da empresa.
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