As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI)operam em forte queda apesar da decisão do Banco Central Europeu em elevar suas taxas de juros em sem precedentes 75 pontos-base nesta quinta-feira, de forma a conter a inflação crescente, Segundo Fernando Franklin, diretor da Amaril Franklin, dois movimentos explicam esse descolamento da curva brasileira. A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, anunciou o congelamento de preços de energia até 2024 no Reino Unido, o que, segundo Franklin, abre a possibilidade de empresas brasileiras ganharem mercado na Europa.
O dólar segue em queda. Apesar do aumento de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa básica de juros anunciada hoje pelo Banco Central Europeu (BCE) e da fala mais dura do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, o real destoa do exterior e ganha força. Para o economista-chefe da Infinty Asset, Jason Vieira, “o real está mais descolado do exterior, dado o cenário externo ruim”. O economista destaca que a presidente do BCE, Christine Lagarde, foi obrigada “a se render à realidade e assumir os erros” e ainda aventou a possibilidade que o Brasil esteja na “vanguarda”, já que está na fase final do ciclo de aperto monetário.
A Bolsa opera com volatilidade entre altas e baixas, em movimento oposto ao exterior, em meio à alta das commodities, valorização do minério de ferro e petróleo, no mercado internacional. Aqui a Vale (VALE3) subia, após forte queda na terça-feira, e a Petrobras (PETR3 e PETR4) opera em queda. As exportadoras caíam refletindo a desvalorização do dólar Mais cedo, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, disse que a inflação segue no foco da instituição e banco central europeu (BCE) elevou a taxa de juros na zona do euro para 0,75 ponto percentual (pp), dentro da expectativa do mercado, para conter a inflação e o Conselho deve seguir elevando as taxas de juros.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 108.739 pontos (-0,93%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,2250 (-0,20%)
DI JAN 2023: 13,735% (-0,14%)
DI JAN 2027: 11,470% (-1,37%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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