As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam de lado com crise energética no radar e dados de desemprego nos EUA.
A Gazprom, empresa estatal de energia da Rússia, informou na semana passada que paralisou completamente o transporte de gás ao gasoduto Nord Stream 1 por conta de um problema técnico.
“O impacto tanto na inflação quanto na atividade econômica dificultam cada vez mais o trabalho do BCE na condução da política monetária, a qual deve elevar os juros esta semana em 75 bp, finalmente, mas com pouca capacidade em lidar com a enorme elevação de custos da crise energética”, explica Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
Por outro lado, na semana passada os EUA anunciaram a criação de 315 mil vagas de emprego no mês de agosto, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho. Apesar de alto, o número mostra um declínio em relação aos 526 milempregos criados no mês de julho (revisados). A média nos últimos 3 meses é de 378 mil vagas, bem acima da tendência pré-pandêmica, mas arrefeceu em relação ao ano passado.
“A leitura do mercado é que, diante dos novos indicadores, o Fed pode adotar uma postura menos agressiva em relação aos juros, já que a economia pode estar mostrando sinais de desaquecimento. As apostas, que estavam majoritárias em uma alta de 75 bps (75% de chance), voltaram a ficar divididas entre 50 e 75 bps”, afirma a Levante em relatório.
“A criação de vagas de trabalho ficou em linha com o esperado, mas houve piora na taxa de desemprego e nos rendimentos médios reais”, afirmou a Mirae Asset.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,710% de 13,710% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,695%, de 11,710% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,450% de 11,475%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,1520 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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