A agência de classificação de risco Moody’s revisou para baixo as premissas de preços de 12 meses para alumínio, cobre, ouro, prata, aço em várias regiões e carvão metalúrgico também foram diminuídas, como resultado do enfraquecimento da demanda após a desaceleração econômica global, segundo um novo relatório publicado hoje.
A Moody’s também reduziu a faixa de sensibilidade de preço de médio prazo para o aço na Ásia. Ao mesmo tempo, elevou a premissa de preço de 12 meses e a faixa de sensibilidade de preço de médio prazo para o carvão térmico. A suposição de preço reflete as expectativas da Moody’s de que as economias do G-20 desacelerarão para 2,5% em 2022 e 2,1% em 2023, de 5,9% em 2021.
“A China é um grande consumidor de metais básicos, carvão e minério de ferro, e o maior produtor de aço do mundo. Uma desaceleração no crescimento econômico do país reduziria a demanda em todo o setor de metais e mineração”, disse Barbara Mattos, vice-presidente sênior da Moody’s. “Os preços, que têm sido voláteis, estão diminuindo em relação aos picos do final de 2021 e início de 2022, mas permanecerão historicamente altos”, acrescenta ela.
A Moody’s prevê que a oferta permanecerá apertada para a maioria dos metais básicos durante os próximos 12 meses, já que a produção não acompanhou a demanda nos últimos dois anos. A avaliação considera que os emaranhados da cadeia de suprimentos interromperam a produção no setor de metais e mineração e que a inflação continuará alta.
Para o alumínio, embora a Moody’s tenha reduzido suas premissas de preço de 12 meses, espera-se que os preços permaneçam elevados e acima das médias históricas continuarão a responder aos temores de recessão econômica nos principais países desenvolvidos e a desaceleração no mercado imobiliário da China e a previsão para os preços do aço foram reduzidos globalmente à medida que a demanda enfraquece. Por fim, as premissas de preço para níquel e zinco permanecem inalteradas.
A agência aponta que o preço do ouro está enfrentando pressão do ambiente atual de taxas de juros crescentes e do dólar americano mais forte e, por isso, também cirtou as premissas de preços de metais preciosos.
Embora o ouro seja visto como um hedge de inflação, as taxas de juros mais altas dos EUA e os rendimentos dos títulos aumentam o custo de oportunidade de manter barras de ouro, que não rendem juros. O preço da prata provavelmente enfrentará as mesmas pressões que o ouro, embora cerca de 60% da demanda seja de usuários industriais (aplicações solares e elétricas), diz o relatório da agência.
Cynara Escobar / Agência CMA
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