As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta com mercado repercutindo fala do presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), Jerome Powell, ao afirmar que ainda há desafios enormes na batalha contra a inflação. “Powell aproveitou o tradicional discurso de abertura do encontro de banqueiros centrais em Jackson Hole para dar um recado mais duro para o mercado: o principal foco da instituição hoje é trazer a inflação para a meta de 2% e isso poderá trazer alguma dor, ou seja, retração da economia”, afirmou a Mirae Asset em relatório aos investidores.
A Bolsa opera no sentido contrário dos mercados internacionais, impulsionada pelas ações da Petrobras, que têm forte peso no Ibovespa, com o avanço de mais de 3% dos contratos futuros de petróleo, diante da perspectiva de menor oferta após declarações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que ameaçou um corte na produção, e da temporada de furacões no oceano Atlântico que ameaça a produção nos Estados Unidos.
Os investidores também acompanharam nesta manhã a divulgação dos dados do mercado de trabalho no Brasil, com abertura de vagas abaixo do esperado em julho, e as repercussões do debate entre os candidatos à presidência da República na noite de ontem. O euro também voltou à paridade com o dólar nesta segunda-feira, com investidores à espera da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para 8 de setembro.
O dólar abriu a semana em leve queda, com mercado ainda repercutindo fala do presidente do FED, Jerome Powell, em simpósio do Jackson Hole, nos EUA, na última sexta-feira (26). A Levante, em relatório, lembra que nos próximos dais dados do mercado de trabalho americano serão divulgados.
“Embora os dados retratem com relativa defasagem a realidade da economia em razão de seu caráter inercial, maior rigidez e menor tempestividade, o anúncio de geração de vagas é especialmente importante porque servirá de lastro para as próximas decisões do FOMC”, afirmou a casa. “Vale lembrar que a Autoridade Monetária americana vem contando com a descompressão do mercado de trabalho americano para que, por meio dos salários, torne-se viável a desinflação em sua economia.”, completou.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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