O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE subiu 1,4 ponto em agosto, para 98,2 pontos, maior nível desde dezembro de 2013 (98,3 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto.
A alta do ICST em agosto foi influenciada pela tanto pela melhora das avaliações sobre o momento atual quanto pelas perspectivas para os próximos meses. O Indice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,6 ponto, para 96,4 pontos, maior nível desde maio de 2014 (97,6 pontos). O resultado do ISA foi devido à melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 3,9 pontos, para 96,2 pontos. Já o indicador de volume da carteira de contratos recuou 0,8 ponto, para 96,5 pontos. O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 1,2 ponto, para 100,1 pontos. Esse resultado decorre principalmente do maior otimismo sobre o indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses, que subiu 1,7 ponto, para 102,8 pontos. Por sua vez, o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses, que avançou 0,6 ponto, para 97,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção ficou relativamente estável ao variar -0,2 ponto percentual (p.p), para 77,7%. O Nuci de Mão de Obra também ficou estável, permanecendo aos 78,9%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamento cedeu 1,2 p.p, para 72,7%.
A despeito da melhora da Confiança, os indicadores relativos à percepção sobre a atividade corrente e o emprego previsto oscilaram negativamente. Em médias móveis trimestrais, o sinal segue positivo. Vale observar que, em agosto, 31,0% das empresas indicaram intenção de contratar nos próximos meses e apenas 11,9% mencionaram redução do emprego, o que sinaliza a continuidade do ciclo de crescimento do mercado de trabalho no setor da Construção.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
Copyright 2022 – Grupo CMA
Imagem: Piqsels