As principais economias do mundo estão colocando em prática planos bilionários para aumentar e nacionalizar a produção de semicondutores (chips), em meio a crise na cadeia de produção. Estados Unidos, China, Índia, França e União Europeia já anunciaram incentivos.
Na semana passada, Biden assinou a Lei Chips e Ciência, que impede que empresas americanas desenvolvam a tecnologia ou fábricas do produto fora dos Estados Unidos. Além disso, a lei libera quase R$ 270 bilhões em subsídios e US$ 200 bilhões para a pesquisa na área.
A União Europeia está se esforçando para reduzir a dependência do continente asiático que é responsável por mais de 78% das exportações mundiais dos chips. O plano, anunciado no início de 2022, prevê o investimento de 15 bilhões de euros.
França, Itália e Alemanha estão apostando em parcerias com empresas privadas, como a Intel, a STMicroeletronics e GlobalFoundries.
Ameaça no Taiwan
A ameaça de um conflito entre China e Taiwan deve afetar a cadeia de suprimentos de semicondutores no mundo.
As montadoras, de acordo com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, tinham a perspectiva de melhora no mercado, que estava em crise desde a pandemia da Covid-19.
“O problema de semicondutores ainda persiste, mas, devagar a situação tem se tornado menos crítica na comparação com o mês anterior”, afirmou Leite. Entretanto, um conflito entre China e Taiwan deve colocar as expectativas em cheque.
Os dois países, juntos, representam mais de 40% do mercado mundial de semicondutores, que são usados não só para a indústria de aparelhos telefônicos mas bem como para a produção de carros.
- No começo do ano, diversas montadoras tiveram que fechar fábricas temporariamente devido a escassez de chips, até a gigantesca Tesla, teve sua produção em Xangai interrompida.
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