O dólar abriu a sessão em alta. A moeda reflete um movimento de maior aversão global ao risco, com o mercado demonstrando preocupação com a condução do ciclo contracionista executado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “o dólar está acompanhando o tom pessimista do mercado, e ontem alguns diretores do Fed reforçaram que irão lutar contra a inflação”.
O presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, defende um aumento de 0,75 ponto percentual (pp) já na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em setembro. Komura, contudo, acredita que a alta deve ser de 0,50 pp, mas alerta: “Quando olhamos os dados de inflação, concordamos com os analistas que entendem que o Fed precisa ser mais duro. A barreira não é a inflação de bens, mas a de serviços”, explica.
Por volta das 9h32 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,65%, cotado a R$ 5,2050 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em setembro de 2022 avançava 0,59%, cotado a R$ 5.221,00.
Paulo Holland / Agência CMA
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