A Bolsa fecha em alta em 2,77%, aos 112.764,26 pontos, na máxima do dia, seguindo o otimismo no exterior, após os relatórios de inflação ao longo da semana indicarem uma desaceleração dos preços e apostando que o tom do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) seja mais suave na condução da política monetária.
Somado a isso, a forte valorização da Petrobras, com peso de quase 12% no índice, bancos e algumas varejistas empurraram Ibovespa para cima. A semana também foi positiva para o Ibovespa, que acumulou alta de 5,90%.
Os investidores repercutiram os balanços corporativos do segundo trimestre, que seguem na reta final na próxima semana. Na sessão de hoje, os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) lideraram a alta do índice-subiu 17,76%-, e em contrapartida, a Natura (NTCO3) foi destaque de queda-caiu 10,35%- refletindo o desempenho ruim no 2T22.
De acordo com o relatório do Banco do Brasil, apesar da empresa acumular alta de 17% nos últimos 30 dias com o setor de consumo voltando ao radar dos investidores, “esse movimento não apresenta fundamentos sólidos devido ao momento desafiador pelo qual as divisões da Avon International e The Body vêm vivenciando”.
O principal índice da B3 subiu 2,77%, aos 112.764,26 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto avançou 2,08%, aos 112.605 pontos. O giro financeiro foi de R$ 35,9 bilhões. Em Wall Street, as bolsas registraram alta.
Leonardo de Santana, analista da Top Gain, disse que a Bolsa opera no otimismo com o mercado norte-americano avançando bastante após os indicadores de inflação ao longo da semana “deixarem os investidores animados e, somado a isso, o bloco asiático estimulando a economia e trazendo capital pro Brasil”.
Todo esse movimento ajuda as ações do índice, “a Petrobras sobe forte apesar do petróleo em queda e a Vale só de estar positivo já conta, setor financeiro e varejo em alta também ajudam”.
Nicolas Farto, especialista em renda variável da Renova Invest, disse que a Bolsa está positiva por causa de Petrobras, que tem forte peso de quase 12%, porque “vai muito na linha de o Fed [banco central norte-americano] não fazer uma política monetária tão agressiva e isso daria espaço para a economia andar um pouco mais, e teria mais de demanda por petróleo”.
Ontem a Agência Internacional de Energia (AIE) aumentou a previsão de crescimento de demanda por petróleo enquanto a Opep informou que a demanda deve diminuir, confundindo o mercado.
Outro ponto que favorece o mercado é a alta de algumas empresas varejistas que se ajustam após balanços mais fracos, como já era esperado.
“Quando o resultado vem ruim como já era imaginado, o mercado usa esse momento pra comprar, dado que ele [o mercado] imagina que o papel já está precificando essas quedas”.
E, somado a isso, com a curva de juros futuros em queda afeta diretamente a precificação dos valutions desses papéis.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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