A Taesa divulgou ontem o balanço do segundo trimestre de 2022. O lucro líquido consolidado foi de R$ 564 milhões, recuou de 19,2% em comparação ao segundo trimestre de 2021. O lucro líquido ficou em R$ 141,7 milhões, 26,6% maior que o mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia, o resultado é reflexo do IGP-M menor registrado entre os períodos comparados (3,71% no segundo trimestre de 2022 contra 8,78% no segundo trimestre de 2021), que afetou negativamente a receita de correção monetária de todas as concessões de categoria 2 da companhia operação de Janaúba e menores investimentos nos empreendimentos em construção (SantAna e Ivaí) e do IPCA e do maior volume de dívida líquida entre os períodos comparados.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) regulatório chegou a R$ 605,6 milhões, alta de 43,3% em relação ao segundo trimestre de 2021.
O ebitda totalizou R$ 464,9 milhões, apresentando um aumento anual de 40,4%. A margem Ebitda ficou em 83,0% no trimestre (+0,7pp contra o segundo trimestre de 2021). Custos e despesas operacionais foram afetados por descasamento temporal da execução dos serviços de limpeza de faixa de servidão e por maiores provisões para contingências cíveis e trabalhistas.
A relação da dívida líquida / Ebitda, consolidando proporcionalmente as empresas
controladas em conjunto e coligadas, ficou em 3,8x (versus 3,8x no primeiro trimestre de 2022). O índice de disponibilidade foi de 99,95% e uma Parcela Variável (PV) contábil de -R$ 27,7 milhões, equivalente a 2,27% da RAP, no primeiro semestre de 2022.
A receita líquida IFRS foi de R$ 847 milhões, recuou de 6,3% em comparação ao segundo trimestre de 2021, em função principalmente da redução da receita de implementação de infraestrutura, dado os menores investimentos nas concessões de Janaúba e SantAna, e da queda na receita de correção monetária motivada pela menor IGP-M entre os períodos comparados. A receita líquida IFRS no primeiro trimestre de 2022 foi de R$ 1,6 bilhão, recuou de 9,3% em comparação ao mesmo período de 2021.
A receita líquida somou R$ 1,4 bilhão, queda de 3% na comparação com igual etapa de 2021. A receita líquida regulatória totalizou R$ 715 milhões, alta de 41% em relação ao mesmo período de 2021, devido ao reajuste inflacionário do ciclo da RAP (2021-2022) e entrada em operação de Janaúba e parcial de SantAna.
A receita líquida regulatória foi de R$ 560 milhões, alta de 39,2% em relação ao segundo trimestre de 2021, explicado pelo reajuste inflacionário do ciclo 2021-2022 da RAP e entrada em operação de Janaúba e parcial de SantAna, efeitos compensados em parte pela queda da RAP de algumas concessões.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 260 milhões, uma alta de 50,5% sobre as perdas financeiras em relação ao segundo trimestre de 2021.
Os custos, despesas e depreciação e amortização totalizaram R$ 148 milhões no segundo trimestre de 2022, 12,3% menor quando comparado ao segundo trimestre de 2021. Custos, Despesas e Depreciação e Amortização totalizaram no semestre R$ 259 milhões, 36,5% menor quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
A dívida bruta totalizou R$ 8,5 bilhões, 12% maior que o trimestre anterior. O caixa ficou em R$ 1,8 bilhão registrando um aumento de 26,7% no trimestre e resultando em uma dívida líquida de R$ 6,6 bilhões, 8,6% maior que o primeiro trimestre de 2022.
No primeiro semestre de 2022, a companhia, suas controladas, investidas em conjunto e coligadas investiram o total de R$ 263,6 milhões contra R$ 545,9 milhões investidos no primeiro semestre de 2021, referentes aos empreendimentos em construção. A redução de 51,7% entre os períodos comparados se deve aos menores investimentos em alguns projetos (Ivaí, SantAna, Janaúba e ESTE), principalmente em função do estágio avançado da construção destes empreendimentos, alguns deles já concluídos, compensado em parte por maiores investimentos em Aimorés e Paraguaçu.
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos de R$ 308,8 milhões (R$ 0,90 / Unit) a título de dividendos intercalares, e R$ 197,9 milhões(R$ 0,57 / Unit) a título de juros sobre capital próprio (JCP), totalizando R$ 506,7 milhões (R$ 1,47 / Unit). O pagamento ocorrerá no dia 26 de agosto de 2022, a partir da data base de 15 de agosto de 2022.
Emerson Lopes / Agência CMA
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