O BTG Pactual manteve sua escolha na Cielo, sua única recomendação de compra entre os 5 principais adquirentes que já divulgaram seus resultados para o 2T22: Rede, GetNet, Cielo, Stone e PagSeguro – ainda que os dois últimos ainda não tenham informado seus números, fizeram pré-relato de orientação para o trimestre. Isso porque os analistas da BTG mantém visão cautelosa sobre o setor de adquirência, embora o maior crescimento de volume total de pagamentos e dinâmicas de preços mais racionais tenham levado a uma recuperação da lucratividade.
Com os adquirentes reforçando suas equipes comerciais, não descartamos um cenário de concorrência mais acirrada quando as taxas de juros começam a diminuir. No geral, nenhum jogador conseguiu criar muito valor/ganhos fora do negócio principal de pagamentos, analisou o relatório. Rede é indiscutivelmente um centro de custo para o Itaú, a GetNet está saindo da lista, a PAGS e a Stone querem ir além de adquirir, a Cielo tem dois acionistas controladores não mais em sincronia ideal (Banco do Brasil e Bradesco).
Mesmo assim, o BTG considera que poderíamos estar testemunhando o que os analistas chamaram de equilíbrio instável. Diferente do típico dilema do prisioneiro, esta indústria tem tantos jogadores com objetivos diferentes que achamos difícil imaginar um ambiente onde os participantes decidem cooperar por muito tempo, concordando em parar de ganhar (ou perder menos) participação de mercado para melhorar a lucratividade do setor.
De acordo com os cálculos dos analistas da BTG, o volume desses 5 players totalizou R$ 690 bilhões no 2T (alta de 9% em base anual) e alta de 63% ao anopara R$ 14,5 bilhões no 1S22.
Camila Brunelli / Agência CMA
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