A China afirmou não tolerará as “atividades separatistas” em Taiwan e alertou que retomará a ilha autogovernada pela força, se necessário, de acordo com um livro branco publicado nesta quarta-feira.
O documento “A Questão de Taiwan e a Reunificação da China na Nova Era”, publicado pelo Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, reitera que a ilha é parte da China.
“Somos uma China, e Taiwan faz parte da China. Este é um fato indiscutível, apoiado pela história e pela lei. Taiwan nunca foi um estado diz o texto.
O livro branco define como Pequim pretende tomar a ilha por meio de incentivos econômicos e pressão militar. “Estamos preparados para criar um vasto espaço para a reunificação pacífica, mas não deixaremos espaço para atividades separatistas de nenhuma forma”, diz.
A advertência da China foi divulgada dias após intensos exercícios militares chineses ao redor da ilha em resposta à visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan na semana passada.
Pelosi se tornou a principal autoridade norte-americana a visitar Taiwan em décadas, apesar de uma série ameaças de represálias da China, que busca manter Taipé isolada do resto do mundo.
“Trabalharemos com a maior sinceridade e faremos todo o possível para alcançar a reunificação pacífica. Mas não renunciaremos ao uso da força e nos reservamos a opção de adotar todas as medidas necessárias”, ressalta o livro branco.
“Isto é para nos proteger contra a interferência externa e todas as atividades separatistas. De nenhuma maneira tem como alvo nossos compatriotas chineses em Taiwan. O uso da força será o último recurso tomado em circunstâncias terríveis”, acrescenta.
A última edição do livro branco sobre Taiwan havia sido publicada pela China no ano 2000.
Larissa Bernardes / Agência CMA
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Imagem: Reuters/Dado Ruvic