Para o Banco Original, em relatório, o tom adotado na ata do Copom foi bastante similar ao do comunicado na semana passada. Apesar do Comitê elencar 2023 como parte do horizonte relevante, a autoridade monetária enfatiza a inflação acumulada em 12 meses no primeiro trimestre de 2024.
“Isso nos traz a sensação de que o Banco Central está alongando a decisão para 2024, onde há um maior acúmulo de juros e, diante do aspecto de dissipação dos efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, suas expectativas de inflação se encontram dentro da meta”, afirmou o banco.
Para o Original, alguns pontos merecem destaque no documento. “Em termos de menor inflação, o Banco Central se mostra mais preocupado com o crescimento global, principalmente no que tange as grandes economias, como uma China que tenta equilibrar políticas de Covid-zero e metas de crescimento anual”, disse. “É possível que essas perspectivas gerem efeitos desinflacionários sobre commodities”, completou.
Por outro lado, o prolongamento de estímulos fiscais que visam a sustentação da atividade no curto prazo pode gerar ruído fiscal, atuando sobre as expectativas e, possivelmente, sobre o câmbio, alertou a casa.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
Imagem: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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