As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda, em movimento iniciado na semana passada, à espera da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada amanhã.
“Uma possível explicação para esse melhor resultado é o fato de o Brasil se diferenciar do resto do mundo por estar já na fase final de aperto monetário, enquanto os Estados Unidos e os outros países emergentes ainda estão em meio ao processo de alta de juros”, afirmou a Armor Cpaital, em relatório enviado aos clientes.
A Bolsa segue em alta e firme nos 108 mil pontos com o bom humor externo, reduzindo um pouco do temor da recessão nos Estados Unidos e, por aqui, a indicação do fim do aperto monetário também ajuda, com a queda na curva de juros futuros e o favorecimento das empresas ligadas ao varejo e consumo.
Armstrong Hashimoto, sócio e operador de renda variável da Venice Investimentos, disse que o fato do Copom deixar de sinalizar um tom mais hawkish, fez “os investidores começaram a precificar a curva de juros um pouco mais pra baixo tanto no curto como de médios prazos desde a semana passada e consumo direto também está dando sinal de melhora, como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).
O dólar segue em queda. A moeda é impactada diretamente pela baixa aversão global ao risco e a alta das commodities, o que fortalece não apenas o real, mas também seus pares. Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o movimento é de risk on, com a recuperação no preço das commodities. O cenário internacional aponta para uma valorização das emergentes e o dólar está voltando para o patamar justo, que é cerca de R$ 5,10”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h40 (de Brasília):
IBOVESPA: 108.050 pontos (+1,48%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,1190 (-0,94%)
DI JAN 2023: 13,745% (-0,14%)
DI JAN 2027: 11,790% (-1,87%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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