A situação na usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, voltou a se agravar nesta segunda-feira, com Kiev defendendo que a área se torne uma zona desmilitarizada.
Na sexta-feira (5), a usina sofreu um bombardeio que danificou uma linha de energia elétrica e forçou um dos reatores a paralisar as operações. A Ucrânia e a Rússia se acusam mutuamente de terem atacado uma área adjacente a um dos seis reatores nucleares da central.
Petro Kotin, chefe da empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia, Energoatom, pediu que forças de paz sejam implantadas no local de Zaporizhzhia, que ainda é administrado por técnicos ucranianos.
“A decisão que exigimos da comunidade mundial e de todos os nossos parceiros é retirar os invasores do território da usina e criar uma zona desmilitarizada no território da usina”, disse Kotin na televisão.
“A presença de forças de paz nesta região e a transferência do controle para elas, e também o controle da usina para o lado ucraniano resolveriam esse problema”, completou.
Ele afirmou que o principal perigo consiste em um projétil atingir containers de combustível nuclear altamente radioativo e disse que, se isso ocorrer, seria impossível avaliar a dimensão da catástrofe.
Larissa Bernardes / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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