O Banco Pan divulgou hoje o balanço do segundo trimestre de 2022. O banco chegou a 21 milhões de clientes, aumento de 69% frente a igual período do ano passado, e reportou lucro líquido ajustado de R$ 194 milhões, recuo de 4% em relação ao mesmo período de 2021. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês)ajustado foi de 11,9% ao ano, redução de 2,8% na comparação com o segundo trimestre de 2021.
“Entendemos os movimentos do mercado e, como sempre, apostamos na diversificação de produtos e canais como estratégia para originação, que seguiu com volume expressivo mesmo com uma abordagem mais conservadora. Com cerca de 50% da carteira sem o tradicional risco de crédito, conseguimos entregar bons resultados, apesar do cenário macroeconômico desafiador”, explica Carlos Eduardo Guimarães, CEO do Pan.
A carteira de crédito do Banco Pan cresceu 11% no segundo trimestre, na comparação com igual período de 2021, chegando a R$ 36 bilhões. A variedade de produtos e canais possibilita ao Pan ofertar crédito adequado aos clientes em diferentes momentos, sendo que 88% da carteira possui garantias.
O banco disse que houve um forte engajamento dos nossos clientes banking nos produtos de crédito. Ao final do segundo trimestre de 2022, 6,2 milhões já possuíam ao menos um produto de crédito, o que representa 39% do portfólio.
O nível de inadimplência acima de 90 dias recuou para 6,7% em junho, taxa 0,1% menor do que o indicador de março, que teve efeito positivo diante do contexto econômico atual. Ao mesmo tempo, 8,4% dos empréstimos estavam vencidos no período entre 15 e 90 dias, 0,2 p.p. abaixo dos 8,6% do primeiro trimestre de 2022.
A margem financeira foi de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 6% em relação aos R$ 1,7 bilhão do primeiro trimestre de 2022 e 11% em relação aos R$ 1,7 bilhão do segundo trimestre de 2021.
Segundo o relatório, o portfólio manteve-se estável ao longo deste trimestre com a manutenção da estratégia conservadora na emissão de novos cartões de crédito e empréstimos pessoais, melhorando nossa margem após custo de crédito. A margem financeira gerencial ficou em 17,8% entre abril e junho de 2022, retração de 2,7 pontos percentuais (p.p.) na comparação com igual etapa de 2021.
A receita de intermediação financeira somou R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre deste
ano, elevação de 46,4% na comparação com segundo trimestre de 2021.
As despesas administrativas e de pessoal totalizaram R$ 607 milhões, frente aos R$ 561 milhões no primeiro trimestre de 2022 e aos R$ 498 milhões do segundo trimestre de 2021, refletindo o impacto de despesas da Mosaico e custos adicionais com ajuizamento de veículos.
As despesas com originação somaram R$ 505 milhões ao final do trimestre frente aos R$ 386 milhões do primeiro trimestre de 2022 e aos R$ 524 milhões do segundo trimestre de 2021, acompanhando os volumes de originação de crédito e aquisição de cliente.
O patrimônio líquido consolidado totalizou R$ 7,7 bilhões, frente aos R$ 7,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 e R$ 5,5 bilhões no segundo trimestre de 2021.
A incorporação da Mosaico ampliou o fluxo de clientes com maior renda e já contribuiu para a geração de mais de 2,4 milhões de solicitações de cartões com cashback – no trimestre, o volume de pedidos foi de 1,3 milhão. Com foco na monetização, o take rate segue em alta, fechando o trimestre em 7,7%, assim como a oferta de produtos financeiros contextualizados, como o Buy Now Pay Later, por meio do PIX parcelado, que deve ser implementado até o próximo mês.
O marketplace de veículos do PAN segue com crescimento relevante de 72% na quantidade de carros anunciados na Mobiauto desde a aquisição da empresa em setembro de 2021. As sinergias impulsionaram a análise de crédito e a realização de simulação simplificada de financiamento em tempo real com apenas três informações: CPF, celular e renda. Além disso, será implementada a busca de placa para a oferta ainda mais ágil do Auto PAN (empréstimo pessoal com garantia).
Sobre cartões de crédito, o banco fechou o segundo trimestre com um saldo de R$ 3,9 bilhões, aumentos de 3% e 50% frente aos saldos de R$ 3,8 bilhões e R$ 2,6 bilhões no 1Q22 e no 2Q21, respectivamente.
“Mantivemos cautela com relação a emissão de novos cartões de crédito, com uma política mais restrita neste período. Este ajuste tático vem sendo conduzido de forma preventiva devido à deterioração dos indicadores macroeconômicos. No entanto, continuamos a desenvolver esse segmento internamente, melhorando a experiência do usuário e oferecendo novos produtos e funcionalidades”, detalhou o banco.
No trimestre, o banco avançou na agenda de rentabilidade, com um take rate de 7,7%, acima do 7,3% do primeiro trimestre de 2022 e alcançamos um GMV de R$ 670 bilhões no segundo trimestre de 2022.
Em seu relatório, o banco disse que segue focado em “crescer de forma sustentável, promover o engajamento da base de clientes e ampliar a oferta de produtos complementares, de forma a estar presente em diversos momentos da vida de seu cliente como uma plataforma robusta de crédito, investimentos, e-commerce, automóveis e saúde preventiva”.
Emerson Lopes / Agência CMA
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