O dólar comercial fechou em queda de 1,03%, cotado a R$ 5,1680. A moeda se descolou do movimento global, e foi impactada pelas ações de empresas do setor de varejo e ligadas às commodities, que geraram intenso fluxo estrangeiro no Ibovespa. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,10%.
De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “não sentimos o movimento externo pois está ocorrendo uma recuperação das empresas ligadas às commodities, especialmente as metálicas”.
Abdelmalack observa que o movimento de fortalecimento também é beneficiado pela recuperação de empresas do setor de varejo, como a Magazine Luiza: “Isso mostra que estas ações estavam muito descontadas, e hoje elas estão gerando um fluxo intenso na bolsa”, pontua.
Segundo fonte ouvida pela CMA, “o mercado continua animado com o Banco Central (BC), que deu a entender que o ciclo pode terminar. Estamos surfando neste momento de otimismo, a curto prazo o vento é favorável”, referindo-se à Selic (taxa básica de juros).
Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “o payroll mostra que o trabalho ainda está muito aquecido, e o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai ter de ser mais duro e subir os juros para estrangular a inflação”. O payroll (folha de pagamentos) mostrou que 528 mil vagas foram criadas em julho, muito acima das projeções de 250 mil.
Komura explica que os a conjuntura do mercado de trabalho nos Estados Unidos, como o aumento nos salários que subiram 5,2% em julho, na base anual, faz com que a economia se mantenha aquecida e aumente a dificuldade para o controle dos preços.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
Copyright 2022 – Grupo CMA