As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda após Copom sinalizar fim de ciclo de aumento da Selic.
Segundo Caio Megale, economista-chefe da XP, no comunicado pós-reunião, o Comitê reconheceu que a inflação segue elevada e a atividade econômica se expandiu ao longo do segundo trimestre, com a recuperação do mercado de trabalho mais forte do que o esperado.
A Bolsa mantém-se no positivo em dia de apetite ao risco, em direção contrária ao exterior, puxada pela valorização das ações de empresas ligadas à economia doméstica. Observa-se o mesmo movimento da véspera em que a curva de contratos futuros de juros recuava na aposta de um fim de ciclo de aperto monetário. Hoje as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) despencam.
O dólar acelerou o ritmo de queda. Além do aumento de 0,5 ponto percentual (pp) na Selic (taxa básica de juros), que foi a 13,75% ao ano, o ambiente global hoje é de menor aversão ao risco, e o real acompanha este movimento externo. De acordo com o economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, “este câmbio tem um pouco da reação ao Comitê de Política Monetária (Copom), o que traz mais dinheiro para cá”, referindo-se ao fluxo estrangeiro.
Veja como estava o mercado por volta das 14h00 (de Brasília):
IBOVESPA: 105.610 pontos (+1,76%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,2150 (-1,15%)
DI JAN 2023: 13,745% (-0,07%)
DI JAN 2027: 12,150% (-2,40%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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