A nova ameaça de um conflito entre China e Taiwan deve afetar a cadeia de suprimentos de semicondutores (chips) no mundo.
As montadoras, de acordo com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, tinham a perspectiva de melhora no mercado, que estava em crise desde a pandemia da Covid-19.
“O problema de semicondutores ainda persiste, mas, devagar, a situação tem se tornado menos crítica na comparação com o mês anterior”, afirmou Leite.
Entretanto, um conflito entre China e Taiwan deve colocar as expectativas em cheque.
Os dois países, juntos, representam mais de 40% do mercado mundial de semicondutores, que são usados não só para a indústria de aparelhos telefônicos mas bem como para a produção de carros.
Chinese Taiepi – Taiwan
No começo do ano, diversas montadoras tiveram que fechar fábricas temporariamente devido a escassez de chips, até a gigantesca Tesla, teve sua produção em Xangai interrompida.
Entenda as tensões
Nesta terça-feira (2), a presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou o Taiwan e desagradou o governo chinês, ao afirmar que estava honrando o “apoio à vibrante democracia de Taiwan”.
A questão é que Taiwan é uma província chinesa que tem tendências separatistas, devido a sua história de dominação.
Ao final da guerra civil chinesa, em 1947, os líderes do movimento liberal se refugiaram na província, tornando-a um Estado independente.
A questão é que a China nunca retirou sua reivindicação sobre o território, considerando-a uma província rebelde.
As tensões se escalaram quando em 2016, Taiwan elegeu um presidente com tendências separatistas e o governo chinês aumentou sua presença militar na costa.
A visita de Pelosi junto a suas falas de apoio ao Taiwan reacenderam as chamas das tensões, já que os EUA, desde 1970, são considerados fortes aliados da província e esta foi a primeira vez em 25 anos que um presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos visitou o Taiwan.
Nesta quinta-feira (4), a China fez exercícios militares na província, de acordo com a Reuters. A última vez que isto aconteceu nas águas ao redor de Taiwan foi em 1996.
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