As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda neste final de semana com o mercado precificando rápida desinflação.
Quem explica é Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura: “O mercado precificou desinflação muito rápida, com IPCA-15 e dois cortes de combustíveis. Isso tem gerado pressão de queda nos juros”, disse.
Segundo ele, a queda dos juros globais ajudou DIs, com desmonte muito forte em posições compradas em dólar. “Juros anteciparam movimento de suavização do FED, com recessão e commodities em pico, afirmou Borsoi. É uma aposta do mercado”, completou.
A economista Fernanda Mansano destaca que o “combustível está na reserva”. “O recuo de 0,9% no PIB norte-americano mostra que se o FED continuar com o pé no acelerador a economia pode entrar em recessão”, disse.
É justamente o que destaca a Capital Economics, em relatório: “O declínio do PIB no segundo trimestre não foi tão ruim quanto parecia, e com o Fed parecendo cada vez mais confortável em continuar a aumentar as taxas de juros durante um período de fraco crescimento econômico, ainda antecipamos que as taxas atingirão um pico de 3,75-4,00% no início ano que vem”, afirmou a casa.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,785% de 13,830% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 12,680%, de 12,840% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,610% de 12,760%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1770 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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