A Petrobras anunciou que vai pagar os maiores dividendos da história nesta quinta-feira (28). O pagamento foi aprovado para atender a um pedido do governo, mas distribuirá dinheiro para todos os acionistas da empresa.
Mesmo quem ainda não tem nenhuma ação da empresa (PETR3 ou PETR4) ainda tem tempo para entrar na lista dos que vão receber os dividendos.
Dividendos são remunerações que os acionistas recebem a cada semestre ou trimestre (como é o caso da Petrobras). Dessa vez, a empresa adiantou e aumentou exponencialmente o valor que será distribuído.
Até 11 de agosto, é possível comprar papéis da Petrobras, na Bolsa de Valores, e receber o valor de R$ 6,732 por ação em duas parcelas, sendo a primeira paga no dia 31 de agosto, no valor de R$ 3,666, e a segunda em 20 de setembro, também no valor de 3,666 por ação.
Às 16h30 desta quinta-feira (28), as ações PETR3 estavam custando 34,76 e as PETR4 32,39.
DIVIDENDOS
A busca do investidor brasileiro por “dinheiro na mão”, ou pela chamada renda passiva, que é receber uma graninha sem ter necessariamente trabalhado por ela, faz com que corretoras recomendem carteiras de ações focadas no pagamento de dividendos.
Bancos e gestoras também oferecem uma miríade de fundos com o mesmo foco. Através deles, os investidores recebem frações dos dividendos pagos pelas diversas empresas cujas ações estão no portfólio do fundo.
Acontece que, pela definição do mercado, o valor pago como dividendo é descontado do preço das ações. Logo, matematicamente, você ganha dinheiro na conta, mas o mesmo valor é retirado das suas ações.
Se o investimento visa aumentar seu patrimônio, por quê escolher suas ações já pensando nas “lascas” que serão retiradas da empresa ao longo do tempo e depositadas na sua conta?
Se você confia que seu dinheiro será bem gasto por aquela companhia, faz sentido mirar aquelas que vão fazer você “sacar” mais dinheiro mais rápido?
No Brasil, a maioria das empresas paga pelo menos 25% do lucro líquido ajustado como dividendos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a situação é diferente. Gigantes como Amazon, Google e Tesla não pagam dividendos há pelo menos 10 anos. E isso não torna os papéis delas menos interessantes. Pelo menos de acordo com os investidores brasileiros.
Desde que a negociação de BDRs (papéis emitidos no Brasil representando outros, de empresas no exterior) foi liberada para todo tipo de investidor, a procurar pelos papéis citados acima aumentou muito.
A busca do investidor deve ter como foco as empresas nas quais ele enxerga potencial de crescimento. Quando se tornar necessário sacar valores, basta vender as ações.
Imagem: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil