O dólar à vista encerrou a primeira sessão de novembro em queda firme e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,00 após três pregões. A moeda fechou em queda de 1,36%, cotada a R$ 4,97.
Operadores atribuíram a recuperação do real, sobretudo, ao ambiente externo mais benigno para moedas emergentes latino-americanas, com recuo das taxas dos Treasuries e avanço das cotações do minério de ferro.
Correção natural e realização de lucros após onda de valorização
Houve também uma correção natural e realização de lucros após a onda de valorização do dólar no mercado doméstico desde o último dia 27, desencadeada pelos ruídos em torno da meta fiscal.
Fed mantém taxa básica e adota postura ‘dovish’
Como esperado, o Fed manteve a taxa básica americana na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. Apesar dos alertas de praxe aos riscos inflacionários, o comunicado foi visto como ‘dovish’.
Além disso, em entrevista coletiva, Powell disse que a decisão do Fed em dezembro ainda não foi tomada.
Percepção de investidores sobre o fim do ciclo de aumento de juros nos EUA
Para economista-chefe da Análise Econômica e consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo, a percepção dos investidores, após as palavras de Powell, é que o ciclo de aumento de juros nos EUA “finalmente” acabou.
O consultor da Remessa Online pondera que, apesar da reação inicial ao discurso do Fed, há certo limite para a valorização do real e de demais divisas emergentes. Mesmo com o recuo expressivo hoje, as taxas dos Treasuries seguem em níveis bem elevados. Galhardo vê a avaliação do Fed como “otimista”, dado que os indicadores de atividade e do mercado de trabalho americano seguem robustos.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels