As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda após dados do PIB nos EUA indicarem um quadro de recessão técnica.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,9% no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre imediatamente anterior em termos anualizados, de acordo com a leitura preliminar divulgada pelo Departamento do Comércio do país.
Segundo Camila Abddelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos, a expectativa era grande com essa divulgação pelo fato do presidente do FED (o banco central norte americano) Jerome Powell indicar uma possibilidade de desaceleração do ritmo de alta de juros a partir de setembro.
Powell indicou que seria possível desacelerar inflação ao consumidor sem promover solavancos muito agressivos e o primeiro dado que corroboraria isso, o PIB, confirmou um quadro de recessão técnica, disse a economista. Vimos uma desaceleração no consumo das famílias e uma forte desaceleração no ritmo de importações. Fica a expectativa para leitura da inflação em julho, completou ela.
Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, destaca a queda de 0,9% no trimestre anualizado, abaixo da expectativa de +0,4%.
Fed amenizou o risco de recessão, mas foi mais dovish. Muita cautela nas projeções e estimativas, disse.
Por volta das 13h00 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,840% de 13,890% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 12,925%, de 13,070% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,835% de 12,975%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,2150 para venda.
Imagem: Marcello Casal / Agência Brasil
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