A Gol divulgou hoje o balanço do segundo trimestre de 2022. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 2,85 bilhões, revertendo o lucro líquido de R$ 642,9 milhões no mesmo período de 2021. O prejuízo líquido recorrente foi de R$ 620,8 milhões,
recuo de 51,7% em comparação ao prejuízo do segundo trimestre de 2021, principalmente decorrente das variações cambiais e monetárias.
A receita líquida somou R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre, alta de 215% na comparação com o segundo trimestre de 2021. Já a receita líquida por assento-quilômetro Ofertado (RASK) subiu 41% para R$ 35,94 centavos. A receita operacional líquida atingiu R$ 3,2 bilhões, superando em 215% e 3% os valores registrados no segundo trimestre de 2021 e no segundo trimestre de 2019, respectivamente.
O Ebit recorrente fechou em R$ 50,8 milhões (margem de 1,6%) e o Ebitda recorrente em R$ 439 milhões (margem de 13,5%, positiva pelo terceiro trimestre consecutivo), revertendo resultado negativo de R$ 547,4 milhões no segundo trimestre de 2021.
A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos de arrendamento anuais e excluindo o bônus perpétuo) sobre o Ebitda recorrente UDM foi de 9,5x em 30/06/2022, uma redução de 1,6x em relação à posição de 31/03/2022 (11,1x), principalmente em função da recuperação sequencial do Ebitida recorrente.
A Gol transportou 5,8 milhões de passageiros no segundo trimestre, mais do que o dobro em comparação ao mesmo período de 2021, mas 30% inferior ao registrado no segundo trimestre de 2019. O yield médio por passageiro foi de R$ 0,43 centavos, crescimento de 66% em relação ao segundo trimestre de 2021.
A receita líquida por Assento-Quilômetro Ofertado (RASK) evoluiu 41% para R$ 35,94
centavos. O Custo por Assento-Quilômetro recorrente diminuiu em 20,4% para R$ 35,38 centavos. O CASK Combustível cresceu 72,2% para R$ 16,06 centavos, devido à majoração de 80,5% nos preços do querosene da aviação (QAV).
A demanda no mercado doméstico atingiu 6.457 milhões de RPK, um aumento de 88% comparado ao segundo trimestre de 2021, chegando a 80% do RPK registrado no segundo trimestre de 2019. No mercado doméstico, chegou a 8.432 milhões de ASK, alta de 109,1% comparado ao segundo trimestre de 2021 e 87% em relação ao segundo trimestre de 2019.
A companhia afirma que os custos de manutenção necessários para as novas entregas de 737-MAX, conforme o plano de aceleração da renovação da frota, serão cobertos pelas linhas de financiamento já obtidas junto a contrapartes e por meio da utilização do saldo de depósitos de manutenção. A GOL não possui dispêndios significativos para adiantamentos de aquisição de aeronaves (PDPs) associados com a aquisição de novas aeronaves 737-MAX.
“Somando as sinergias fiscais, o capital de giro e a gestão de inventário unificado, foram capturados aproximadamente R$ 1,3 bilhão em caixa, resultando em um payback de menos de 1 ano sobre o preço de aquisição. A Companhia planeja ainda obter cerca de R$ 3 bilhões de fluxo de caixa incremental, decorrentes de outras sinergias nos próximos anos”, detalhou o balanço da Gol.
A companhia afirmou que os resultados do segundo trimestre demonstram a consistente recuperação da demanda em um trimestre historicamente caracterizado pela baixa sazonalidade no setor aéreo brasileiro.
“Os investimentos em tecnologia e oferta de produtos serão essenciais para ampliar a
posição da companhia, tanto com a atual retomada do público corporativo como no aumento da oferta de novas rotas para os Clientes que buscam destinos a lazer”, conclui o relatório.
Por fim, a Gol atualizou suas projeções financeiras face aos aumentos consecutivos nos
preços brasileiros de querosene de aviação desde o início do ano, bem como os movimentos de repasse em tarifas, resultando em
níveis de vendas e receita também maiores. Para 2022, a empresa reiterou seu foco na transformação da frota e prevê, que até o final do ano, 44 aeronaves 737-MAX estejam em operação, representando cerca de 32% da frota total.
Emerson Lopes / Agência CMA
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