O contexto internacional de guerra entre Rússia e Ucrânia e as persistentes restrições impostas à circulação em grandes cidades chinesas devido à COVID-19, tem levado a uma queda do valor de venda do aço, ao mesmo tempo em que pressiona prazos de entrega e encarece os fretes, freando a indústria metalúrgica brasileira no primeiro semestre deste ano. O resultado da movimentação é uma menor demanda por energia elétrica no setor, segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que acompanha 15 ramos de atividade econômica que negociam no mercado livre.
O consumo no segmento, que é o mais representativo em termos de volume de energia, foi de 5.441 megawatts médios, com oscilação negativa de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Das 10 classes de atividades monitoradas, cinco mantiveram estabilidade ou queda, com declínio maior na produção de laminados planos de aço (-5,1%) e metais não ferrosos e suas Ligas (-2,3%). Entre as que registraram aumento, destaque para relaminados, trefilados e perfilados de aço (30,1%).
A Câmara de Comercialização aponta ainda a crise logística internacional como fator para a oscilação negativa, que desencadeou preços mais altos e prazos maiores de produção e entrega.
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