A Klabin divulgou hoje os resultados do segundo trimestre de 2022. O lucro líquido ficou em R$ 972 milhões, aumento de 35% em comparação ao mesmo período de 2021, e de 11% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
O lucro ajustado antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 11%, totalizando R$ 1,99 bilhão. Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 39%, recuando 5% em relação ao segundo trimestre de 2021. A receita líquida somou R$ 5,03 bilhões, alta de 24% na comparação com igual etapa de 2021.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,7 vez em junho/22, queda de 0,6 vez em relação ao mesmo período de 2021.
Segundo o relatório, o maior Ebitda Ajustada e a diligente alocação de capital
beneficiaram a geração de caixa no período e, consequentemente, a criação de valor para os acionistas, com o retorno sobre o capital empregado, medido pelo ROIC, de 18,6% nos últimos doze meses.
“O efeito positivo do crescimento do Ebitda Ajustado permitiu com que o ROIC permanecesse em patamar elevado no período apesar do aumento do capital empregado de R$ 5,3 bilhões devido à imobilização dos investimentos na primeira fase do Projeto Puma II, além do maior capex de manutenção em decorrência da expansão da base florestal e do escopo operacional”, detalhou a Klabin.
O volume de vendas totalizou 1.009 mil toneladas no segundo trimestre de 2022, 7% acima do mesmo período do ano anterior. O volume vendido de celulose atingiu 424 mil toneladas no trimestre, 6% acima do segundo trimestre de 2021, beneficiado pela alta produtividade da fábrica e sólida demanda, principalmente na Europa e EUA. O crescimento de 27% nas vendas de celulose na comparação trimestral é explicado pela parada de manutenção realizada no primeiro trimestre de 2022.
O custo dos produtos vendidos (CPV), excluídos os valores de depreciação, amortização e exaustão foi de R$ 2,38 bilhões no segundo trimestre de 2022. Desconsiderando os custos da parada de manutenção no segundo trimestre de 2022, o custo seria de R$ 2.249/t, 21% acima do segundo trimestre de 2021. Esse aumento se deve a elevação nos custos de químicos, combustíveis e o maior gasto com compra de madeira de terceiros.
No segundo trimestre de 2022, o volume de produção de celulose totalizou 419 mil
toneladas, acima da capacidade nominal da planta. O nível de produção mais elevado é resultado de projetos de desgargalamentos combinados com ganhos de produtividade fabril. O volume foi 1% superior ao mesmo trimestre do ano anterior e 18% acima na comparação trimestral, uma vez que o volume do primeiro trimestre de 2022 foi impactado pela parada geral de manutenção realizada na unidade Puma I, em Ortigueira.
O endividamento bruto em 30 de junho de 2022 era de R$ 27,9 bilhões, aumento de R$ 3,846 bilhões em relação ao final do primeiro trimestre de 2022. Esse aumento é explicado substancialmente pela desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar sobre o endividamento em moeda estrangeira, sem efeito caixa material no período, além do desembolso do montante de R$ 2 bilhões da linha contratada junto ao BNDES.
No segundo trimestre, a Klabin investiu R$ 1,54 bilhão em suas operações e em projetos de expansão. Do montante total, R$ 242 milhões foram destinados às operações florestais, acima dos R$ 70 milhões investidos no mesmo período do ano anterior. Este aumento é explicado principalmente pela compra de madeira em pé no montante de R$ 118 milhões e maior área plantada para abastecimento do Projeto Puma II. Adicionalmente, R$ 185 milhões foram destinados à continuidade operacional das fábricas, comparado a R$ 115 milhões no mesmo trimestre do ano passado, reflexo principalmente das substituições de equipamentos realizadas durante a parada
geral de Monte Alegre.
Emerson Lopes / Agência CMA
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