As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda. Além do cenário fiscal mais consolidado para 2023, o resultado do IPCA-15, que subiu 0,52% em dezembro ante novembro, foi bem recebido pelo mercado.
Segundo o economista da BlueLine Flávio Serrano, “mesmo vindo em linha com as expectativas, o IPCA-15 ajudou bastante o DI, com uma desaceleração de serviços, que é uma inflação persistente. É um sinal alentador”.
De acordo com o head de mesada Valor Investimentos, Piter Carvalho, “nos últimos dias, os juros acalmaram com a diminuição dos riscos fiscais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição indo para um ano”.
Para a economista do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli, “após a aprovação da PEC da Transição, o Congresso aprovou ontem o Orçamento de 2023, com destaque de 2,7% de aumento no salário mínimo e o Bolsa Família de R$ 600,00, mais o adicional de R$ 150 por criança. Fica agora de quanto o teto dos gastos será ultrapassado e o quanto isso afetará as contas públicas”, que ainda explica que este cenário tende a favorecer o clima de aversão ao risco.
Por volta das 16h42 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,654 de 13,656% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2024 projetava taxa de 13,520%, de 13,630%, o DI para janeiro de 2025 ia a 12,820%, de 13,000% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,840% de 12,910% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,1690 para venda.
Paulo Holland / Agência CMA
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