Entenda tudo o que vai movimentar o mercado financeiro e o mundo dos investimentos nesta quarta-feira (1), com o podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Google Podcasts; Anchor. Ou ouvir clicando abaixo:
A Bolsa de Valores Brasileira encerrou o mês de outubro com uma queda acumulada de 3%. No acumulado de 2023, o mercado apresenta um avanço de apenas 3%. No pregão de ontem, o mercado teve uma tímida recuperação de 0,5%, encerrando o mês com 113 mil pontos.
Esse cenário volátil teve início no primeiro trimestre do ano, com uma forte queda, que se arrastava desde 2020. No entanto, o segundo trimestre registrou uma sólida recuperação, mas agora o mercado está devolvendo parte dos ganhos desse período.
Quanto ao câmbio, o dólar encerrou o mês em 5 reais e 4 centavos. Os analistas do mercado estão atentos à situação fiscal do Brasil, com foco nas negociações no governo em Brasília e no Congresso. Os projetos que visam aumentar impostos para equilibrar as contas no próximo ano estão no centro das atenções. É evidente que o governo planeja abandonar a meta de déficit primário zero, com o ex-presidente Lula propondo um déficit de meio por cento do PIB para 2023, algo que não agrada à equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Hoje é um dia de extrema importância para o mercado financeiro, com a decisão de juros programada. Há ampla expectativa de um corte de meio ponto percentual, que levaria a taxa básica de juros do Brasil para 12,25%. Esse seria o terceiro corte consecutivo, após uma sequência iniciada em agosto. Membros do Banco Central já sinalizaram a possibilidade desse corte nos próximos encontros, embora algumas instituições também mencionem a chance de um corte de 0,25%. No geral, a expectativa é de um corte de meio ponto, levando a SELIC a encerrar o ano em 11,75%.
Os dados de inflação divulgados indicam que os preços estão se estabilizando, mas a economia continua robusta, o que representa um risco constante. Há uma sazonalidade na inflação, que tende a subir um pouco no final do ano.
Além disso, no pregão de hoje, os futuros apontam para uma abertura em queda no mercado americano, que teve uma semana positiva, mas agora mostra sinais de retração, com quedas entre 0,3% e 0,4%. O preço do petróleo tenta se recuperar, operando a 82 dólares o barril, o nível mais baixo desde o início dos conflitos na Faixa de Gaza em Israel. Os metais também estão em queda.