O dólar comercial fechou em queda de 1,75%, cotado a R$ 5,2090. A moeda brasileira foi beneficiada pela desidratação do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter vetado, ontem, o orçamento secreto.
“A decisão do Supremo tirou a força do (presidente da Câmara, Arthur) Lira (PP-AL), e olhando as negociações parece que vão limitar a R$ 145 bilhões por um ano. O sinal hoje foi positivo”, analisa o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, que ainda observou que a moeda na faixa dos R$ 5,25 desde setembro, classificando o movimento de hoje como de correção.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “existe empolgação com a decisão do (ministro do STF) Gilmar Mendes, e há a percepção de que a classe política não terá tanta vontade de passar a PEC, assim como também existe uma sensação de melhora no ambiente fiscal doméstico”.
Borsoi explica que o dólar perdeu força globalmente, após a moeda estadunidense ganhar considerável força ao longo de 2022, e que a valorização do minério de ferro também está ajudando o real.
Paulo Holland / Agência CMA
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