As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda. A aparente desidratação no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, após o veto do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Orçamento Secreto, foi tida como positiva pelo mercado.
“A decisão do Supremo tirou força do (presidente da Câmara, Arthur) Lira (PP-AL), e olhando as negociações parece que vão limitar a R$ 145 bilhões por um ano. O sinal hoje foi positivo”, avalia o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o mercado vê com “empolgação com a decisão do (ministro do STF) Gilmar Mendes, e existe a percepção de que a classe política não está com muita vontade de passar a PEC. Existe melhora na percepção fiscal”. “A performance do dólar está abrindo espaço para o DI cair”, complementa Borsoi.
De acordo com o economista da Guide Investimentos Rafael Pacheco, ainda existe espaço para as curvas abrirem mais, especialmente as longas: “O mercado pode precificar ainda mais a questão fiscal, mas ainda vai dar um tempo para o novo Governo”, opina.
Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,654% de 13,658% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2024 projetava taxa de 13,805%, de 13,930%, o DI para janeiro de 2025 ia a 13,350%, de 13,735% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 13,185% de 13,620% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,2040 para venda.
Paulo Holland / Agência CMA
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