A Ambev ( #ABEV3 ) divulgou hoje (31) o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido consolidado de R$ 4,015 bilhões, alta de 24,9% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 6,584 bilhões, alta de 17,6% na comparação anual, com aumento da margem Ebitda ajustada, passando de 27,2% para 32,4%.
Às 16h07, as ações da companhia sobem 3,72%, cotadas a R$ 12,82.
Genial Investimentos
A Genial Investimentos disse que a companhia teve uma recuperação gradual de margens, superando suas expectativas. Além disso, a tendência de queda nas principais commodities que representam o COGS da companhia (trigo, milho e alumínio) deve viabilizar margens ainda melhores para a Ambev nos próximos trimestres.
“Os eventuais impactos da possível reforma tributária trazem um risco adicional e nos deixa mais cautelosos. E mesmo com os ventos favoráveis, vemos pouco potencial de crescimento na companhia e um baixo upside em relação ao preço atual de tela. Deste modo, reiteramos nossa recomendação de manter com preço-alvo de R$ 15/ação”, explicou a corretora.
XP Investimentos
A XP Investimentos ressaltou a recuperação das margens em todas as unidades, exceto Brasil NAB principalmente devido à pressão de custos (ex. açúcar), embora com volumes mistos. O destaque continua sendo o mercado de cervejas do Brasil, liderado pelas marcas premium/super premium da AmBev, com sólida expansão de BEES e Zé, menor CPV/hl e aumento da ROL/hl acima da inflação.
A corretora lembrou ainda o fraco na América Latina, refletindo principalmente o difícil momento da Argentina, apesar da recuperação em outras regiões. Também destacou os resultados abaixo das expectativas do Canadá, reflexo do mau momento da indústria, com volumes diminuindo na faixa dos 10%.
Ativa Investimentos
A Ativa Investimentos disse que o resultado foi positivo, apesar da receita abaixo das expectativas e um volume retraindo 2%. Por outro lado, a empresa trouxe um incremento em sua rentabilidade em todas as regiões, tanto em termos de rentabilidade bruta, quanto em rentabilidade operacional.
“O segmento NAB Brasil segurou as perdas de Cervejas Brasil, enquanto LAS e Canadá, regiões de bastante complexidade, apresentaram resultados sólidos. CAC (Caribe) voltou a crescer neste trimestre e trouxe um resultado positivo”, explicou a corretora, que manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 18,20.
Guide Investimentos
A Guide Investimentos disse que a Ambev apresentou resultados mistos, com volumes fracos, sendo compensados por menores custos e despesas, particularmente com alumínio e outras commodities. Apesar dos resultados decentes, as ações da Ambev vêm sofrendo nos últimos meses com riscos relacionados à reforma tributária e possível fim da JCP, temas que devem continuar pesando sobre o papel nos próximos meses, apontou a análise.
Itaú BBA
O Itaú BBA destacou que a companhia é negociada a 12,5x P/L 2024, mas se os benefícios fiscais forem excluídos, o múltiplo seria de 16,0x. A corretora manteve a avaliação da Ambev como market perform e preço-alvo de R$ 17 em 2024.
Bank of America (BofA)
Por fim, o Bank of America (BofA) espera que a companhia deva alcançar lucratividade maior nos próximos 12 a 18 meses, impulsionado pela queda significativa nos custos de matérias-primas, combinado com um desempenho resiliente das receitas, diante do portfólio de marcas e uma melhor execução, além de um ambiente competitivo mais saudável.
BTG Pactual
Segundo o BTG, a Ambev divulgou um trimestre bom e, até certo ponto, qualitativamente diferente do que estamos acostumados a ver nos últimos. A receita líquida de R$ 20,3 bi foi destaque negativo e ficou 4% abaixo da estimativa, principalmente devido a volumes menores volumes ex-Brasil e à desaceleração dos preços no Brasil. Contudo, as margens dispararam, impulsionadas pela diluição de despesa de vendas/gerais/administrativas, que contribuiu com metade da expansão anual da margem EBITDA de 520 pontos base para 32,4%, 240 pontos base acima do estimado.
“Esperamos que o mercado receba bem os resultados da Ambev. Nós mesmos, provavelmente, teremos que aumentar as estimativas, pois presumimos que uma boa parte do controle de despesas permanecerá pelo menos até o primeiro semestre de 2024”
O banco mantém uma recomendação neutra para as ações da Ambev.
Com informações da Agência CMA
Imagem: Piqsels