O dólar comercial fechou em queda de 2,30%, cotado a R$ 5,3720. A moeda foi fortemente impactada pela alta das commodities, embaladas pelo auxílio do governo chinês ao setor imobiliário e o ambiente de baixa aversão ao risco.
Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “isso é reflexo de um alívio em relação à recessão global. A recessão é inevitável, mas a sensação hoje é que ela pode ser algo mais leve”.
Komura sublinha a importância chinesa nesta forte valorização das commodities, mas alerta: “Esta é uma semana carregada de dados, especialmente a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na quarta”, aponta.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “hoje existe uma dinâmica de alívio no mercado, com a recuperação dos preços das commodities e das moedas ligadas a elas, como o real”.
O ambiente, contudo, segue incerto, com o mercado esperando o tom do comunicado que será divulgado após a reunião do Fomc, na tarde da próxima quarta-feira, 27: “É preciso ver os sinais se o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) irá continuar neste ritmo ou desacelerar na reunião seguinte, em setembro”, observa Serrano.
De acordo com boletim da Ajax Capital, “lá fora, commodities em recuperação favorecem as moedas dos emergentes, apesar da alta dos juros dos Treasury Bonds. Por aqui, mercados devem acompanhar melhora externa”.
“Por ora, o fundo deve beneficiar 12 empresas, e será destinado para a conclusão de projetos em desenvolvimento, que estavam suspensos após restrições de mobilidade das medidas do Covid. A origem desse recurso se concentrará no Construction Bank e o PBOC”, explica a Ajax. A ajuda estatal pode chegar a US$ 44,4 bilhões.
Paulo Holland / Agência CMA
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