Após encerrar a semana passada em alta de 2,46%, o Ibovespa futuro com vencimento em agosto começa no positivo seguindo os futuros norte-americanos e puxado pelas commodities em um dia de agenda vazia de indicadores por aqui e nos Estados Unidos. O minério de ferro subiu forte em Dalian, na China, mais de 6% com a notícia de criação de um fundo para ajudar o setor imobiliário.
A semana que promete muita emoção com a expectativa para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), na quarta-feira (27). A aposta do mercado é de um aumento de 0,75 ponto percentual (pp), mesma magnitude da última reunião, em junho.
As atenções dos investidores ficam voltadas para vários indicadores aqui como Indice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho, prévia da inflação, Caged e Pnad, além dos balanços corporativos, que se intensificam com a divulgação dos dados da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR 3 PETR4), na quinta-feira (28) após o fechamento do mercado.
O mercado também fica de olho em dados da economia norte-americana-pedidos de seguro-desemprego, Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, renda e gastos pessoais- e na safra de balanços das empresas de tecnologia como Alphabet, Apple, Meta (proprietária do Facebook, Instagram e Whatsapp).
Às 9h50(horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 0,54%, aos100.490 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias avançavam. Na Ásia, os índices fecharam em queda.
Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, a semana começa com tom mais animado e com as commodities subindo, principalmente com alta significativa do minério de ferro, o que “acaba dando impulso principalmente para os países exportadores de commodities e as empresas de siderurgia e mineração devem se beneficiar com a valorização. Essa estabilização da commodity vem da China com a notícia de que foi criado um fundo para sustentar o mercado imobiliário”.
O gestor da Galapagos Capital disse que esta semana o evento mais importante é a decisão de taxa de juros nos Estados Unidos em que o mercado espera alta de 0,75pp, mas o mais relevante é “a sinalização do que eles [os integrantes do Fed] vão fazer para as próximas reuniões e também a divulgação de resultados das grandes empresas de tecnologia por lá e, por aqui, temos o balanço do Santander, na quinta-feira. Vamos ver como anda a inadimplência dos bancos, que tem sido um fator de grande preocupação do mercado e tem pressionado o segmento”.
Soraia Budaibes / Agência CMA (Agência CMA)
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