O dólar fechou esta quarta-feira (9) em queda de 2,52%, a R$ 5,84. O movimento foi impulsionado pelo recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que decidiu suspender as tarifas comerciais por 90 dias, exceto a China.
Pela manhã, o dólar subiu com força após a China anunciar elevação de tarifas sobre produtos dos Estados Unidos — de 34% para 84%. A medida foi uma resposta à decisão de Donald Trump, anunciada ontem, de aplicar tarifas de até 104% sobre bens chineses.
- 📩 Os bastidores do mercado direto no seu e-mail! Assine grátis e receba análises que fazem a diferença no seu bolso.
O aumento nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo reacendeu temores de recessão global. Esse cenário derrubou os preços de commodities, como o petróleo, que chegou a operar abaixo de US$ 60 o barril.
O enfraquecimento do yuan, moeda da China, também pressionava as divisas de países emergentes, incluindo o real. A desvalorização do yuan costuma ser usada pelo governo chinês como forma de compensar os efeitos das tarifas norte-americanas.
A virada no mercado veio no início da tarde, quando Trump publicou em rede social uma revisão nas tarifas. O presidente elevou as taxas sobre produtos chineses para 125%, mas limitou por 90 dias as tarifas a 10% para países que não retaliaram os EUA.
Fed monitora impacto do tarifaço
Em entrevista coletiva no fim do dia, Trump afirmou que busca acordos “justos” com a China e demais parceiros comerciais. Segundo ele, os chineses querem negociar, mas “não sabem como começar”.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
A ata do último encontro do Federal Reserve (Fed), divulgada à tarde, indicou preocupação com os efeitos do aumento das tarifas sobre a inflação e o crescimento da economia americana. O documento reforçou a estratégia de manter a política monetária flexível para lidar com as incertezas.
Ferramentas do CME Group passaram a indicar maior probabilidade de cortes de juros pelo Fed já em junho, com potencial de redução total de até 0,75 ponto percentual em 2025.