As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta acompanhando decisão surpreendente do Banco Central Europeu.
Quem explica é Camila Abddelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos: “A decisão do BCE surpreendeu. O Mercado esperava que a principal taxa, que é a taxa de depósito, fosse elevada em 25 bps e foi elevada em 50 bps. É o primeiro aumento desde 2011”, disse.
Segundo ela, o mercado estava ponderando que a economia da Zona do Euro era muito sensível e a potência da política monetária era limitada.
“Eles deram essa resposta no combate a elevação da inflação por lá e devemos acompanhar os próximos passos em breve”, completou.
A economista Fernanda Mansano destacou o resultado do BCE após 11 anos “Sem dúvida os olhares dos investidores deverão voltar para os dados econômicos da Europa. Inflação e a parcela maior do crédito vão pesar no consumo do europeu”, disse.
O Rabobank, em relatório, destaca o que chama de “aumento semi-surpreendente”. “O BCE novamente soou mais hawkish em relação às perspectivas de inflação”, disse. “Mais aumentos serão apropriados, mas o Conselho abandonou todas as orientações sobre o tamanho desses aumentos. Em vez disso, eles mudarão para uma abordagem reunião por reunião”, completou.
Por volta das 16h45 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,905% de 13,870% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 13,490%, de 13,335% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 13,410% de 13,285%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,4940 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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