As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) acompanham decisão surpreendente do Banco Central Europeu.
Quem explica é Camila Abddelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos: “A decisão do BCE surpreendeu. O Mercado esperava que a principal taxa, que é a taxa de depósito, fosse elevada em 25 bps e foi elevada em 50 bps. É o primeiro aumento desde 2011”, disse.
Segundo ela, o mercado estava ponderando que a economia da Zona do Euro era muito sensível e a potência da política monetária era limitada.
“Eles deram essa resposta no combate a elevação da inflação por lá e devemos acompanhar os próximos passos em breve”, completou.
A Bolsa chegou a cair mais de 1% com o cenário de preocupação com recessão nos Estados Unidos, mas tenta se recuperar entre altas e baixas alta. Do lado positivo estão as empresas ligadas à economia doméstica. O petróleo ainda segue em queda forte impactando a Petrobras (PETR3 e PETR4).
O dólar opera em alta, volátil. A decisão do Banco Central Europeu (BCE) em aumentar em 0,5% os juros ainda é absorvida pelo mercado, que vê com bons olhos o movimento da instituição, com sinais de um combate mais duro à inflação. De acordo com o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “por mais que tenha sido hawkish (duro, propenso ao aumento de juros), o mercado interpretou isso muito bem. Os riscos de desancoragem da inflação estavam muito altos, chegando a níveis preocupantes”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 98.468 pontos (+0,18%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,4930 (+0,54%)
DI JAN 2023: 13,900% (+0,32%)
DI JAN 2027: 13,350% (+0,83%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
Imagem: unsplash.com
Copyright 2022 – Grupo CMA