A Bolsa de Valores brasileira começou a semana em alta, influenciada principalmente por fatores externos. O Ibovespa fechou a segunda-feira (14) com avanço de 1,4%, aos 129.500 pontos, se aproximando novamente da marca dos 130 mil pontos.
O dia foi marcado por um bom humor global, impulsionado por notícias envolvendo a economia dos Estados Unidos. O dólar à vista recuou 0,33%, cotado a R$ 5,85, seguindo o clima positivo do mercado global.
A análise sobre o desempenho da Bolsa, do cenário macroeconômico e muito mais já está disponível no episódio desta terça-feira (15) do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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Expectativa por corte de juros nos EUA
O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, os chamados “Treasuries”, recuou após declarações de um dirigente regional do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Ele afirmou que poderá apoiar um corte de juros antecipado caso surjam sinais de recessão na economia americana.
Para o mercado, juros mais baixos nos EUA aumentam a atratividade de ativos de países emergentes, como o Brasil. Esse movimento tende a favorecer o fluxo de capitais para a Bolsa e pressionar o dólar para baixo.
Trump recua em tarifas sobre tecnologia
Outro fator que contribuiu para a alta foi o recuo do presidente Donald Trump em relação às tarifas sobre produtos tecnológicos, como celulares e computadores.
Rocco destaca que essa medida representa cerca de um terço das importações norte-americanas nessa categoria e foi bem recebida pelos investidores.
As ações da Apple, uma das mais afetadas por esse tipo de medida, subiram mais de 2% nos Estados Unidos.
Os balanços trimestrais de grandes empresas começaram a ser divulgados nos EUA, com destaque para o Goldman Sachs que apresentou resultados positivos, impulsionando suas ações.
Outras empresas, como Bank of America, Johnson & Johnson e Netflix, também divulgarão seus números ao longo da semana.
Tarifa sobre carros pode ser suspensa
A expectativa no mercado é de que haja uma suspensão de 90 dias nas tarifas sobre automóveis não fabricados nos EUA. A medida traria alívio às montadoras e daria mais tempo para adaptação às novas regras.
Com isso, os índices futuros das bolsas norte-americanas apontavam para nova alta na terça-feira, com o Nasdaq subindo 0,2%, o Dow Jones 0,3% e o S&P 500, 0,5%.
O petróleo era negociado próximo de US$ 61 o barril, com leve queda de 0,15%, enquanto as commodities metálicas operavam em alta.