Os preços das commodities globais sofrem um grande impacto na manhã desta terça-feira (15) em meio agravamento dos riscos geopolíticos no Oriente Médio, após um ataque de Israel a um hospital na Faixa de Gaza. Como reação, os preços do petróleo, do ouro e do dólar foram impactados enquanto os investidores buscam por proteção.
A avaliação é de Luciano Gioielli, do Portal das Commodities, no programa diário “Suportes & Resistências”, transmitido no YouTube do Portal das Commodities. Segundo ele, ativos considerados mais seguros tendem a valorizar diante da escalada do conflito envolvendo Irã e Israel. Confira a análise na íntegra abaixo:
Petróleo e inflação no radar
Além de produtor relevante, o Irã tem influência sobre a principal rota de exportação de petróleo do mundo, o Estreito de Ormuz.
Uma elevação nos preços do barril pode gerar reflexos inflacionários, encarecendo o transporte e pressionando alimentos. Esse cenário também pode adiar cortes de juros em economias que aguardam alívio na inflação.
Commodities agrícolas tem cenários distintos
Na análise técnica, Gioielli aponta que, apesar da recente alta de 10% no café arábica, os preços enfrentam resistências importantes entre 450 e 470 pontos. O ativo apresenta fragilidade nos suportes, indicando possível continuação da tendência de queda.
A soja mostra movimento semelhante ao de uma correção técnica. Após forte valorização, o preço estaria em fase de recuo, mas com chance de retomada do movimento de alta nos próximos dias — caso forme um novo pivô de alta, padrão gráfico que sinaliza reversão de tendência.
Apesar de estar em queda, o milho dá sinais de possível mudança. O analista observa que, se romper a linha de tendência de baixa com volume e fechar acima de topos anteriores, pode iniciar uma nova fase de alta, com alvos em R$ 81 a R$ 84 por saca.
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Boi gordo em zona de resistência
O mercado do boi gordo, por sua vez, indica perda de força. O contrato futuro do boi está em região de resistência e apresenta formação de topos descendentes e divergência de volume — quando o volume de negociações cai enquanto os preços sobem. Esses sinais técnicos costumam antecipar movimentos de queda.