Os Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (16), uma sanção contra a refinaria chinesa Shandong Shengxing Chemical por comprar US$ 1 bilhão em petróleo bruto iraniano.
A ação faz parte de uma ordem executiva que atinge o setor de energia do Irã e representa a sexta rodada de sanções dentro da política de “pressão econômica máxima” adotada pelos EUA.
O objetivo é enfraquecer as fontes de financiamento de grupos classificados como terroristas pelo governo americano, como o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
Segundo o país norte-americano, a Shandong enviou mais de US$ 800 milhões em transferências bancárias para a China Oil and Petroleum Company Limited (COPC), apontada como empresa de fachada da IRGC. Desse montante, cerca de US$ 108 milhões já foram confiscados pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Scott Bessent, secretário do Tesouro, também alertou que qualquer empresa, refinaria ou intermediário que continue comprando petróleo iraniano ou facilitando esse comércio “se coloca em sério risco” de sofrer sanções.
O Departamento do Tesouro também afirmou que o objetivo da medida não é punição, mas promover mudança de comportamento. Empresas e entidades sancionadas podem solicitar revisão das sanções, conforme previsto na legislação americana.
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“Frota fantasma” também é alvo
Além da refinaria chinesa, foram sancionadas empresas e navios vinculados à chamada “frota fantasma” iraniana. Essa rede usa transferências entre navios em alto-mar para ocultar a origem do petróleo.
Entre as embarcações punidas estão os navios Reston, Bestla, Egret, Nyantara e Rani, todos com histórico de envio de grandes volumes de petróleo ao mercado chinês.