As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta neste início de semana após IGP-10 acima das expectativas do mercado (0,60% vs 0,48%).
O comunicado destaca o avanço de preços ao produtor de alimentos e combustíveis, dando ênfase ao aumento de leite industrializado (16.30%) e diesel (10.91%).
Por outro lado, para o banco Modal, em relatório, a alta do IPA foi atenuada pela queda em minério de ferro (-5.93%), milho (-3.31%) e algodão (-9.15%).
No índice de preços ao consumidor, nota-se queda da gasolina (-1.49%) e do etanol (-7.57%), o que puxou a abertura de transportes para baixo (-0.41%). Todas as outras aberturas fora comunicação (-0.79%) mostraram aumento no mês, com alimentação registrando fortes 1.48%, disse a casa. Finalmente, o índice de mão de obra do INCC registrou avanço de 1.67%, completou.
Outro fator de pressão na curva nesta segunda-feira é o relatório Focus. Segundo a Tendências, a mediana para a Selic ao final de 2023 subiu para 10,75% (de 10,50%), enquanto a mediana de 2022 permaneceu em 13,75%.
A expectativa é de que as taxas de juros fiquem elevadas por mais tempo para combater as pressões recorrentes sobre a inflação deste e do próximo ano, que já partem para o terceiro ano de descumprimento da meta, disse.
Segundo o economista Osmani Pontes, há uma baixa liquidez dos mercados de juros em compasso de espera para a reunião do FOMS na semana que vem.
A questão é a dificuldade de entender a direção dos fundamentos dado que câmbio e juros não conversam mais, commodities envolvem todos os elementos macroeconômicos e cada um parece explicar pouco, disse.
Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,900% de 13,875% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 13,345%, de 13,115% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 13,210% de 12,950%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,4270 para venda.
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