Os juros futuros registraram aumento hoje, influenciados pelas declarações do presidente Lula e pela crescente incerteza no cenário internacional, devido ao conflito entre Israel e o Hamas.
O mercado financeiro reagiu de forma negativa às palavras do chefe do Executivo, que indicou relutância em cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, conforme estabelecido no arcabouço fiscal. Além disso, a situação no Oriente Médio pressionou os preços do petróleo e enfraqueceu as bolsas de valores, levando os investidores a buscar segurança nos Treasuries. Apesar do aumento dos juros hoje, é importante observar que as taxas ainda acumularam queda ao longo da semana, com um movimento de desinclinação na curva.
Presidente Lula põe em dúvida meta fiscal de 2024
O presidente Lula declarou em uma reunião com jornalistas pela manhã que é improvável que o Brasil alcance a meta de déficit zero em 2024 e que um déficit de 0,5% ou 0,25% do PIB não representa um problema significativo. Ele enfatizou a importância de evitar cortes em investimentos e projetos prioritários no país, destacando que não deseja começar o ano fazendo reduções substanciais nessas áreas.
Mercado reage negativamente às declarações
As declarações do presidente Lula tiveram um impacto negativo nos mercados. Mesmo que as projeções de analistas não apontassem para o cumprimento da meta, as palavras do presidente afetaram a imagem e a credibilidade do país. Especialistas acreditam que, se as declarações não forem oficializadas ou apoiadas por mais membros do governo, os mercados podem se estabilizar após uma reação inicial negativa.
Superávit nas contas do Governo Central
Em um cenário que ajudou a aliviar as preocupações, as contas do Governo Central registraram superávit primário em setembro, após quatro meses no vermelho. O resultado superou as expectativas, com um saldo positivo de R$ 11,548 bilhões, acima da mediana das previsões.
Com informações do Broadcast
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