O saldo da balança comercial foi de US$ 8,8 bilhões em junho, o que representou uma queda de US$ 1,6 bilhões em relação a junho de 2021. No primeiro semestre de 2002, o superávit foi de US$ 34,3 bilhões, sendo inferior ao do primeiro semestre de 2021, US$ 37 bilhões. É o que mostra o ICOMEX, divulgado pela FGV.
A variação interanual do mês de junho das exportações foi de 15,5% e das importações de 33,7%, em valor. Na base de comparação entre os dois primeiros semestres de 2021 e 2022, o aumento nas exportações foi de 20,5% e das importações de 30,9%.
O aumento, em valor, das exportações, em junho, é explicado pela variação positiva nos preços (15,7%), pois o volume exportado recuou, 0,6%. O mesmo ocorre para as importações, apresentando aumento de preços de 37,2% e queda no volume de 2,7%.
O resultado para o volume importado retoma a trajetória de queda observada na comparação interanual mensal entre 2021 e 2022 e que só foi interrompida em maio, com um aumento nas compras de petróleo e adubos, acima do previsto. Com o resultado de junho, a variação no volume exportado no primeiro semestre foi de 0,2% e houve uma queda nas importações de 1,9%. Os preços exportados cresceram 20,2% e os das importações, 33,1%.
As exportações de commodities, que, em junho, explicaram 69% do total exportado pelo Brasil, recuou 6,2%, em relação ao volume, e registrou aumento de preços de 15,9%. Com esse resultado, as exportações de commodities cresceram 9,5%, em valor, na comparação entre os meses de junho. As exportações de não commodities registraram aumento, em valor, de 31,7% impulsionado pelo aumento do volume (12%) e dos preços (17,2%). Entre os dois primeiros semestres dos anos de 2021 e 2022, a variação, em valor, das exportações de commodities foi de 17,7% e das não commodities, de 27,1%.
No mês de junho, o valor exportado da agropecuária aumentou em 31,1%, em relação a junho de 2021. O mesmo da extrativa recuou 24,3% e o da indústria de transformação aumentou em 37,2%. No acumulado do ano até junho, o mesmo comportamento se repete: agropecuária, variação positiva de 31% indústria de transformação foi de 55%, seguida pela agropecuária, 23%, e da extrativa, 22%, nas
exportações do primeiro semestre de 2022.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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