Um novo surto de covid-19 está se espalhando rapidamente pela Ásia e região. Nova Zelândia e Japão emitiram alertas para moradores tomarem precauções para conter o aumento de casos e ajudar a evitar que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados.
A piora da pandemia, principalmente o aumento de casos das variantes BA.4/5 da Ômicron, desafia os países que lidam com as consequências econômicas das ondas anteriores de covid-19, ao mesmo tempo em que tentam evitar estender ou implementar novas medidas de restrição.
Hoje, a Nova Zelândia anunciou que oferecerá máscaras gratuitas e testes rápidos, enquanto procura aliviar a pressão sobre o sistema de saúde do país – sobrecarregado com um fluxo de pacientes com covid e influenza durante o inverno do Hemisfério Sul.
“Não há dúvida de que a combinação de um aumento nos casos de covid-19 e hospitalizações, a pior temporada de gripe na memória recente e as ausências correspondentes de funcionários estão colocando os profissionais de saúde e todo o sistema de saúde sob extrema pressão”, disse Ayesha Verrall, ministra da Resposta à covid-19, em um comunicado.
No Japão, as novas infecções cresceram para níveis não vistos desde o começo do ano. As autoridades pediram que as pessoas sejam especialmente cuidadosas antes de um fim de semana prolongado e das férias escolares de verão.
“O número de novos casos está aumentando em todas as prefeituras do Japão e parece estar se espalhando rapidamente”, disse o ministro da Saúde, Shigeyuki Goto, no início de uma reunião do comitê sobre como lidar com a pandemia.
Na China, moradores de Xangai passam por testes obrigatórios de covid-19, em meio a uma onda de calor na região, à medida que o número crescente de casos estimularam novos temores de um retorno ao lockdown em massa.
No mês passado, várias cidades do país relaxaram os requisitos de testes quando os surtos começaram a diminuir. Entretanto, um aumento dos novos casos este mês levou algumas áreas a apertar rapidamente as medidas.
A Austrália alertou que pode ser atingida com seu pior surto da doença nas próximas semanas. Segundo autoridades do país, “milhões” de novos casos podem ocorrer, mas descartaram restrições mais duras para conter a disseminação do vírus.
“Nós fomos além disso não estamos na era dos lockdowns e esse tipo de coisa”, disse o ministro federal da Saúde, Mark Butler, à estação de rádio 2GB nesta quinta-feira, embora tenha pedido aos australianos que considerem voltar a trabalhar em casa.
Larissa Bernardes / Agência CMA
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