As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta em sessão bastante volátil, após dados de inflação nos EUA acima do esperado e livro bege do FED (o banco central norte-americano)
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 1,3% em junho na comparação com maio, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho americano. Na comparação com junho de 2021, a alta foi de 9,1%.
A estimativa era de uma alta de 1,1% na comparação mensal para a inflação.
Estamos vendo volatilidade bastante elevada, mas uma tendência de alta para a sessão, disse Enrico Cozzolino, sócio da Levante. Os dados de inflação nos EUA vieram acima do consenso e isso traz expectativa de continuidade do aumento de juros, principalmente quando olhamos para a taxa com vencimento para janeiro de 2025, completou.
Segundo o livro bege do FED, houve aumentos substanciais de preços em todos os distritos, em todos os estágios de consumo.
Os aumentos nos custos de alimentos, commodities e energia permaneceram significativos, embora houvesse vários relatos de que a inflação de preços para essas categorias havia desacelerado em comparação com os últimos meses, mas permaneceu historicamente elevada, afirma o documento.
Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, não há dúvida que o Fed tem muito trabalho pela frente.
Além de 75 bps na próxima reunião, vamos voltar a falar de taxa final acima de 4% e durando mais tempo, com o risco maior de inércia, disse.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,875% de 13,845% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 13,075%, de 13,045% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,920% de 12,920%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,4050 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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