Os empréstimos com garantia de imóvel (home equity) ou automóvel (auto equity) estão ganhando destaque no mercado de crédito brasileiro. Isso porque tais modalidades apresentam menores taxas de juros, acesso a empréstimos de valores mais altos e, especialmente no caso do home equity, maior tempo para o pagamento.
A FinanZero analisou os dados de 11,021 milhões de usuários cadastrados em sua base, em abril deste ano ante o mesmo período de 2021, o número de solicitações pela modalidade de crédito com garantia de automóvel, também chamada de refinanciamento de veículos, cresceu 61%, subindo de 111 para 179 pontos (base abril/2021 = 100). No mesmo período, mas já para a categoria de propriedades, a porcentagem de pedidos atingiu alta anual de 47,5%, alcançando o maior patamar desde janeiro de 2021.
O principal motivo para os pedidos de empréstimo para o refinanciamento de automóveis foi para quitação de dívida (30%), seguido por negócio próprio (21, 7%), renovação da casa (16,67%), investimento (13%), entre outros. Já para as solicitações referentes ao empréstimo com garantia de imóvel, as principais razões referem-se à renovação da casa (26, 25%), seguida de ativos (18,63%), dívidas (17,82%), negócio próprio (15,46%), entre outras.
Segundo Rodrigo Cezaretto Marques, diretor operacional da FinanZero, uma vez que o imóvel ou automóvel é utilizado como garantia do pagamento, a taxa de juros do empréstimo fica consideravelmente menor em relação a outras modalidades de crédito, como cheque especial ou crédito pessoal.
“O solicitante tem a possibilidade de quitar empréstimos mais robustos ou aplicar o dinheiro em um objetivo financeiro mais ambicioso, como uma grande reforma da casa ou abertura de um negócio próprio”, conclui Marques.
Na FinanZero, para a linha de crédito com garantia de imóvel, é possível oferecer até 60% do valor da casa ou apartamento como garantia à instituição financeira. Assim que o empréstimo é autorizado, o imóvel é transferido temporariamente para o credor até que a dívida seja quitada, prática conhecida como alienação fiduciária. Nesse período, o proprietário poderá fazer o usufruto de sua casa, tendo, inclusive, a possibilidade de vendê-la, caso tenha
arcado com o pagamento do empréstimo.
Já em relação à linha de crédito que utiliza o carro como garantia, é permitido até 80% do valor do veículo. Uma vez aprovado o crédito, o carro pode ser usado normalmente enquanto fica alienado à instituição financeira porém, não pode ser vendido enquanto não houver o pagamento de todo o valor do empréstimo.
Emerson Lopes / Agência CMA
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