As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta nesta segunda-feira (11) com uma crescente preocupação inflacionária no radar.
Quem explica é Jason Vieira, economista-chefe da Infinity: “A preocupação com a inflação se avoluma com a atividade econômica extremamente difusa no globo e investidores divididos ainda na reação entre os dados positivos, que podem levar ao aquecimento econômico, consequentemente inflação e juros ainda mais altos para detê-la, criando assim recessão, enquanto os sinais primários de recessão já ocorrendo são benvindos por alguns, na expectativa que os BC não atuem tão pesadamente nos juros, disse.
A Bolsa segue em campo negativo no patamar dos 98 mil pontos em dia de falta de apetite ao risco com os investidores apreensivos com o surgimento de uma subvariante da Ômicron, na China, o que provocou a queda das commodities e temerosos a uma desaceleração na economia do país. As ações da Vale (VALE3) caíam forte com a desvalorização do minério e acusação da Cemig (CMIG4) de que a mineradora teria dado o calote de R$ 781 milhões no setor elétrico. A Vale (VALE3) desmentiu a notícia.
O dólar segue em alta. O ambiente de forte aversão global ao risco é potencializado com os novos casos de Covid na China, o que prejudicaria novamente a retomada econômica daquele país, além de impactar a já fragilizada economia mundial. Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “o dólar também ganha força contra seus pares, com o medo de uma recessão global cada vez maior”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h55 (de Brasília):
IBOVESPA: 98.440 pontos (-1,84%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,3510 (+1,57%)
DI JAN 2023: 13,865% (+0,58%)
DI JAN 2027: 12,925% (+0,38%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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